Uma antiga pensão situada em pleno Centro Histórico da Covilhã, desactivada há cerca de dois anos, ardeu parcialmente ao final da noite de anteontem, havendo fortes suspeitas de mão criminosa.
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Não houve registo de feridos, mas o incêndio gerou algum pânico entre os moradores devido à proximidade do local de outras habitações.
"A causa não sei, mas o ponto de ignição foi logo localizado. Agora cabe à Polícia Judiciária averiguar, já que é a entidade mais preparada para o fazer", avançou ao JN José Flávio, comandante dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, após o combate às chamas, que deflagraram cerca das 23 horas de anteontem.
O JN apurou que, na noite em que o fogo começou, a porta principal da antiga "Pensão Regional" se encontrava apenas semi-fechada, situação que não era habitual. Foi ainda encontrado um jornal posicionado de forma a impedir que a porta se fechasse, facto que ajuda a adensar as suspeitas.
Ao JN, José Flávio revelou que o incêndio começou num dos compartimentos do sótão do edifício, tomando grandes proporções. "Se isto tivesse acontecido há alguns anos, podia ter sido trágico", sublinhou o responsável, acrescentando que valeu o facto de terem funcionado, sem problemas, as bocas de incêndio.
Aos bombeiros, bastaram pouco mais do que 15 minutos para dominar as labaredas. Ainda assim, a apertada malha urbana levou os moradores a temer que o fogo se espalhasse pelo casario. Muitos fugiram e outros foram levados para fora do perímetro de segurança montado pela PSP.
Não há risco de a antiga pensão de três andares colapsar, mas o sótão e o telhado ficaram destruídos. O fogo foi combatido por 34 bombeiros, apoiados por oito viaturas.