Serviço criado pelos 11 municípios da região não tem mãos a medir. Em 20 meses já tiveram 9800 pedidos de consulta de mulheres, homens e crianças.
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“Você tem medo dela?”, a pergunta foi feita por um militar da GNR a um homem, vítima de violência doméstica, que tinha ido ao posto da Guarda pedir ajuda. José (nome fictício), quadro superior ligado ao ensino, aguentou, durante de anos, agressões físicas e psicológicas da mulher com problemas de alcoolismo. Farto de sofrer, foi viver com os dois filhos em idade escolar para casa dos pais. “Confesso que foi a pedido dos meus filhos que saímos de casa”, revela José. Desde então o farol para uma nova vida foi a UNIDAS, um projeto de apoio coordenado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, que, desde 2021, disponibiliza um serviço especializado, confidencial e gratuito a vítimas de violência doméstica, independentemente de residirem ou não num dos 11 concelhos da região do Douro, Tâmega e Sousa.
Só nos primeiros nove meses deste ano, registou-se uma média de 57 novos casos por mês nas 11 estruturas de atendimento, adiantou Telmo Pinto, secretário da CIM, ao JN.