<p>Os moradores da Rua das Oliveiras, em Moreira, Maia, estão preocupados com a reconfiguração da via. Com um novo piso em alcatrão, os queixosos lamentam que uma "rua pacata" se transforme numa espécie de "auto-estrada". </p>
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Dos 100 residentes da Rua das Oliveiras, na vila de Moreira, cerca de 97% assinaram um documento onde lançam à Câmara da Maia um alerta sobre questões de segurança da artéria. Ainda assim, se o número expressivo de queixosos não obtiver resposta da Autarquia "em breve", o grupo garantiu, ao JN, que vai pedir a intervenção de várias entidades, nomeadamente aos eurodeputados portugueses em Bruxelas.
Há quase duas semanas, os moradores foram a uma reunião da Autarquia chamar a atenção para "o conjunto de anormalidades na Rua da Oliveiras", que dizem estar transformada numa "pista" que põe em risco a segurança de quem lá vive ou passa. Entre as principais reivindicações, pediram a instalação de "factores dissuasores de velocidade", nomeadamente com "um sistema de passadeiras sobrelevadas nos dois extremos da rua", disse Luís Sousa.
Porém, os queixosos não saíram "animados" da Autarquia. "Sinto que não nos ouvem, já estão com a decisão tomada", afirmou Fernando Bento.
Num texto enviadopelos residentes pode ler-se que "a Câmara da Maia não está interessada em colocar factores dissuasores de velocidade e potenciadores da segurança da população existente no edificado, que agora vai ser atravessado, porque tem receio que outras populações apresentem as mesmas exigências". "Ora nós não temos nada a ver com as outras freguesias", reclamam.
O JN tentou, sem sucesso, ter uma reacção da Câmara da Maia.
Mas, seja como for, depois da intervenção dos moradores, uma das novas artérias que desagua "em foice" na Rua das Oliveiras, não foi inaugurada no passado dia 1, como previsto. "Esqueceram-se de colocar uns semáforos no acesso à Rua Doutor Farinhote", apontou outro morador, António de Sá.
Além disso, na via que continua fechada ao trânsito, "não se lembraram também de colocar "umas grades protectoras para os peões não caírem aos campos circundantes", acrescentou Luís Sousa.