Trinta trabalhadores das Termas de Vizela vão ser alvo de um despedimento colectivo, uma medida que, ao que tudo indica, conduzirá ao encerramento do balneário termal.
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A medida foi já confirmada pela Administração da Companhia de Banhos de Vizela, Carlos Coutinho.
Os funcionários atingidos trabalham no balneário termal e no Hotel Sul Americano, detidos pela mesma empresa. "Era inevitável", disse Carlos Coutinho, accionista maioritário da Companhia de Banhos de Vizela, garantindo, porém, que "tudo está a ser feito dentro da legislação e decorre um processo normal de despedimento colectivo".
O mesmo responsável, em declarações à Rádio Vizela, justificou a medida, aludindo a dificuldades de viabilidade e à falta de aquistas, mas não esclareceu o que sucederá ao balneário termal. A unidade hoteleira continuará a funcionar, mas com redução de funcionários. O despedimento "tem como objectivo evitar o encerramento total", acrescentou.
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria e Turismo tem conhecimento da intenção da Companhia dos Banhos, mas adiou uma reacção para segunda-feira. Os trabalhadores prometem não baixar os braços e deverão reunir em plenário na terça, para analisar o processo.
Desde há vários meses que se vivem momentos de grande instabilidade laboral nas Termas de Vizela, tendo 25 trabalhadores cumprido já um período de quatro meses de "lay-off". Uma decisão muito contestada, mas que já significou um recuo em relação à intenção inicial, de 2008, que apontava, já nessa altura, para o despedimento colectivo de nove trabalhadores. Em Janeiro de 2008, os funcionários chegaram mesmo a promover uma manifestação.