Cobrança começa este mês. Outros municípios do Parque Nacional da Peneda-Gerês podem seguir as pisadas.
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O início da cobrança da taxa turística de Terras de Bouro, que estava previsto para hoje, foi adiado “por alguns dias”, até que sejam realizadas duas sessões de esclarecimento e de formação com os empresários do setor, marcadas para a próxima semana. A partir daí, começará a cobrança de um euro por dormida/noite, que se estende até ao final de outubro.
“O regulamento foi publicado em ‘Diário da República’ a 13 de maio e tínhamos projetado que entrasse em vigor um mês depois [hoje], mas decidimos que fazia sentido reunir com os empresários – o que nesta altura não é muito fácil – antes de iniciar a cobrança”, disse ao JN o presidente da autarquia. Manuel Tibo adiantou que as sessões servirão para esclarecer eventuais dúvidas e apresentar o funcionamento de uma plataforma criada para o efeito.
No caso dos outros municípios que integram o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), Montalegre pode ser o próximo a ter taxa turística. A autarca Fátima Fernandes invoca o argumento da “preservação do património natural, que é afetado” pela presença cada vez mais intensiva de turistas. “Está a ser equacionada esta medida como forma de valorizar este destino turístico, garantindo um crescimento responsável e equilibrado e zelando pela segurança de todos”, disse ao JN.
Outro município do território do Parque Nacional da Peneda-Gerês que deixa a porta aberta à implementação da taxa é Melgaço. O presidente da Câmara, Manoel Batista, que cumpre os derradeiros meses do seu último mandato, afirma que optou por não avançar com a taxa turística por considerar que “ainda não era o tempo para o fazer”. Mas deixa essa possibilidade nas mãos do seu sucessor.
Arcos de Valdevez não quer
Já o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, Olegário Gonçalves, mantém a porta fechada, por considerar que uma taxa turística no momento presente seria contraproducente, tendo em linha de conta o crescimento dos fluxos do turismo e de procura de novos investidores por aquele território.
O JN tentou contactar o autarca de Ponte de Barca, Augusto Marinho, mas sem sucesso.