O Bloco de Esquerda denunciou, esta quarta-feira, que o serviço de tesouraria das Finanças de Bragança "apenas funciona um dia por semana, em dias específicos e o atendimento só é efetuado com marcação prévia".
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De acordo com o deputado Pedro Filipe Soares "esta situação está a causar grande transtorno à população local, obriga os contribuintes a recorrer ao multibanco para efetuar os pagamentos e esperas de semanas para serem atendidos".
O Bloco lamenta a situação porque a medida "prejudica a integridade do território" do concelho de Bragança, acima de tudo, a população. "Em especial, são mais afetados os que vivem mais afastados do centro urbano, os mais idosos e os que se encontram em situação de infoexclusão", referiu uma fonte do partido.
A repartição de Bragança deveria ter 26 trabalhadores, mas apenas estão ao serviço 16 trabalhadores.
Em dezembro de 2021, o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) alertava para a enorme carência de funcionários nas repartições de finanças do distrito de Bragança , o que levaria ao encerramento de serviços.
Os dados fornecidos pelo STI, em dezembro 2021, davam conta que as repartições Freixo de Espada à Cinta e Vimioso tinham apenas dois trabalhadores, Miranda do Douro tinha três trabalhadores, Torre de Moncorvo e Alfândega da Fé tinham cinco trabalhadores, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor quatro trabalhadores e as repartições de finanças de Macedo de Cavaleiros e Mirandela funcionam com metade do quadro previsto.
O Bloco de Esquerda considera fundamental apurar as razões para que o serviço de tesouraria das finanças de Bragança estejam a funcionar apenas um dia por semana e levou o assunto à Assembleia da República.
Até ao momento não foi possível obter esclarecimentos da Direção de Finanças de Bragança.