Quatro moradias deverão ser demolidas e a Quinta da Gata afetada em consequência do previsível traçado da Linha de Alta Velocidade no concelho de Espinho.
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A Câmara informou, nesta sexta-feira, moradores e agentes políticos locais sobre a intenção do consórcio LusoLav, ressalvando que este poderá ainda não ser o traçado definitivo.De acordo com as informações avançadas na reunião que ocorreu na autarquia com os moradores, é previsível que sejam demolidas três casas em Guetim e uma outra em Anta. Também a Quinta da Gata, em Guetim, será afetada e uma casa que estava em processo de construção nesta freguesia não deverá ter a obra concluída.
Rita Silva, uma moradora de Guetim cuja a habitação deverá ser demolida, afirma que não ter sido contactada para participar na sessão de esclarecimento, mas deslocou-se mesmo assim à Câmara de Espinho, já depois de a reunião ter acontecido. “Disseram-me que a minha casa tem 75% de hipóteses de ser demolida. Não vai ser afetada pela linha, mas pelos taipais laterais. É praticamente a mesma coisa”, adiantou. “Dizem que, para além da minha casa, vão abaixo duas casas junto ao campo de futebol de Guetim e uma outra que penso estar desabitada em Cassufas (Anta) e que a Quinta da Gata também vai ser afectada”, acrescentou a residente. A moradora afirmou que pretende, agora, questionar o consórcio na reunião marcada para as 18 horas da próxima segunda-feira.
Fonte da Câmara de Espinho adiantou, ao JN, que as sessões realizadas hoje com os munícipes e os políticos tiveram como intenção disponibilizar informação atempada sobre o processo, para que possam questionar o consórcio na reunião de segunda-feira. Na ocasião, espera-se que os técnicos da LusoLav possam prestar esclarecimentos. A mesma fonte salvaguardou que o traçado dado a conhecer resulta dos trabalhos exploratórios efetuados no terreno. Ou seja, poderá não ser o definitivo.