Uma homenagem ao falecido tocador de concertina "Vilarinho de Covas", juntou esta quinta-feira à noite na Quinta de Santoinho, algumas das maiores vozes dos cantares ao desafio no Alto Minho.
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Quim Barreiros e Augusto Canário descerraram uma escultura alusiva ao tocador da autoria do escultor Mário Rocha. A obra de arte foi adquirida pela Fundação Santoinho para criar uma "praça de tocadores", que incluirá outras peças no futuro.
"Hoje [ontem] foi um dia em que, em termos de cultura, devíamos todos estar satisfeitos, por ver aqui este painel que dá força aos nossos embaixadores, que são os tocadores, por esse Mundo fora. O Vilarinho já o era e o Canário e o Quim Barreiros, também", disse Valdemar Cunha da Fundação, referindo que deverão suceder-se outras homenagens. "As próximas, ainda em vida, eu gostava que fossem ao Quim Barreiros e ao Augusto Canário. E depois também ao falecido Cachadinha", afirmou.
Nelson Vilarinho nasceu no Brasil, mas viveu em Covas, Vila Nova de Cerveira, no lugar de Vilarinho, que acabou por lhe dar nome. Para Quim Barreiros, "o Vilarinho era uma referência e tinha o seu tocar muito característico". "A gente vinha ao longe e já sabia que era o Vilarinho que estava a tocar", recordou e enalteceu "a integração do artista popular no espólio da Fundação Santoinho".
Para Augusto Canário, que está a escrever as memórias de "Vilarinho de Covas" o homenageado "representava a alma de um povo".
O falecido tocador de concertina Vilarinho de Covas deixa filhos e netos. Para o filho Hélio Pereira, a homenagem ao pai "é merecida". "Fez tudo o que pôde, a tocar e a cantar de uma forma que só ele o fazia, pelas terras portuguesas e pelo Mundo fora", concluiu.