
Com as primeiras chuvas, os jacintos foram soltos e flutuaram e esse lixo orgânico foi arrastado pela maré e pelos ventos
Foto: Clube de Vela da Costa Nova
Toneladas de jacintos de água, uma espécie invasora, acumularam-se ao sul da ria de Aveiro, na sequência do temporal, dificultando as embarcações e prejudicando a pesca.
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Na frente ria da Costa Nova, no Canal de Mira, um autêntico manto verde envolve o casco das embarcações, formado por jacintos de água que a força das correntes e a força dos ventos por efeito da tempestade Cláudia afastou da foz.
O presidente do Clube de Vela da Costa Nova, Paulo Ramalheira, disse à agência Lusa que é urgente haver uma intervenção concertada e que, desde domingo, a associação tem tentado, com os próprios meios, minorar o problema dentro da sua estrutura.
Segundo o dirigente associativo, com as primeiras chuvas, os jacintos foram soltos e flutuaram e esse lixo orgânico foi arrastado pela maré e pelos ventos.
Paulo Ramalheira salienta que a poluição assim causada prejudica os portos de abrigo, impedindo o seu uso, e explica: prendem-se nos motores dos barcos e acabam por se degradar e depositar no leito, agravando o problema do assoreamento". "Alguém tem de olhar por isto. As entidades não podem ficar impávidas perante dezenas de toneladas de detritos que se acumulam, causando graves problemas também à pesca, porque os jacintos ficam emaranhados nas redes", diz.
O dirigente refere que se trata de lixo orgânico que tem de ser resolvido, até porque "a ria não é nenhum esgoto e saem daqui milhares de bivalves para consumo no país".
Na ausência de uma entidade que faça a gestão integrada da Ria, Paulo Ramalheira diz que é preciso uma intervenção sugerindo que os municípios ribeirinhos, através da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), assumam o problema e se batam pela sua solução.
