Trabalhadores da Escola Secundária de Fonseca Benevides, em Lisboa, voltam esta segunda-feira a realizar um protesto junto à escola, alegando que continuam sem resposta, por parte da direção, relativamente à investigação feita há mais de um ano sobre queixas de assédio moral e de divulgação de dados médicos privados.
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"Esta é mesmo a pior escola, em Lisboa, para trabalhar devido a todas estas situações", diz Luís Esteves, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.
As situações apontadas pelo sindicato são várias e algumas já antigas. A 3 de outubro de 2023, um outro protesto, sob o mote "Não ao Assédio Moral", fez avançar a investigação, segundo Luís Esteves.
Essas denúncias foram feitas pelos próprios funcionários da escola ou por colegas, refere o sindicalista, para quem os factos invocados baseiam-se nos "casos mais graves e mais concretos, que têm base documental".
E dá como exemplo a "divulgação do relatório médio de uma trabalhadora por 28 emails", ou a situação de outra "que perdeu o horário do estatuto de cuidador informal não principal, deixando o pai sem acompanhamento". Aponta ainda a colocação de uma delegada sindical num local onde não passava ninguém" e sublinha que "quando se instala um clima de medo, é evidente que as pessoas vão trabalhar num ambiente doentio".
Exigem nova investigação
O responsável conta que estas queixas já foram "enviadas para a Inspeção Geral da Educação, para o ministério e para a Assembleia da República. "Como parece estar tudo um bocado estagnado, decidimos fazer esta ação", explica.
"Queremos nova investigação, uma conclusão da inspeção final e um relatório final, para que o ministério possa, de facto, intervir e fazer os procedimentos que deve fazer".
O JN contactou a direção da escola, que não quis prestar declarações.