Dezenas de trabalhadores da Misericórdia de Chaves concentraram-se, esta segunda-feira de manhã, em frente à sede da instituição, para exigir o pagamento de salários em atraso. Em causa está, segundo os funcionários, o pagamento de cinco vencimentos e um subsídio.
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"Há colegas que já estão a passar fome, que não têm nada no frigorífico", denunciou uma trabalhadora, alegando que aguentaram até agora por causas dos utentes, idosos e crianças.
O provedor da Misericórdia, João Paulo Abreu, confirma a dívida e atira responsabilidades à gestão da anterior mesa administrativa, que, segundo revelou uma auditoria pedida pelo actual provedor, deixou um passivo de 8,2 milhões de euros.
"Como todos sabem, não fomos nós que criámos esta situação, mas estamos empenhados em resolve-la", disse, ainda, aos jornalistas, João Paulo Abreu, recordando que aguarda uma verba de 300 mil euros do Governo para regularizar dívidas de curto prazo.
Os funcionários exigem o pagamento imediato de dois salários e o pagamento gradual dos restantes e prometem manter-se em greve o resto do dia desta segunda-feira e ainda amanhã.