Os trabalhadores da empresa de distribuição Novadis decidiram, esta sexta-feira, avançar com três dias de greve, já na próxima semana, em protesto "contra a falta de soluções para as suas reivindicações e contra a imposição ilegal do regime de banco de horas".
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De acordo com o SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação e Bebidas e Tabacos de Portugal, num plenário realizado esta manhã os funcionários decidiram ainda fazer uma ação de protesto à porta das instalações da empresa em Canelas, em Vila Nova de Gaia, na próxima quarta-feira.
Nesse dia arrancam os três dias de greve (9, 10 e 11 de dezembro). "Os trabalhadores reivindicam o fim da diferenciação salarial entre o norte e o sul do país, que a empresa justifica com o incompreensível e inaceitável argumento do diferente custo de vida", refere o SINTAB. Não aceitam esta justificação e "exigem a aplicação do preceito constitucional que garante igualdade salarial para trabalhadores que desempenham tarefas da mesma natureza, qualidade e quantidade".
Segundo o sindicato, "a empresa não só se recusou a dar solução a esta reivindicação como, em atitude que os trabalhadores consideram de retaliação, contra-atacou com a imposição de um regime de banco de horas que alega ter negociado com a UGT". Por essa razão, os trabalhadores associados do SINTAB (afeto à CGTP-IN) recusam que lhes seja "imposto o regime de banco de horas de forma ilegal".
A empresa Novadis pertence ao grupo SCC Heineken e é responsável, a nível nacional, pela distribuição, assistência técnica e vendas das marcas do grupo, de onde se sobressai a cerveja Sagres. O SINTAB diz que, recentemente, a SCC Heineken deu a conhecer a intenção de consolidação de todas as empresas do grupo numa só, à exceção da Novadis.
O JN ainda não conseguiu obter uma reação da empresa.