Empresa que faz parte do grupo que adquiriu a Coelima está sem gás desde o dia 24 de junho e não pagou o salário de junho nem o subsídio de férias.
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Cerca de uma centena de trabalhadores da StampDyeing - Tinturaria, Estamparia e Acabamentos protestaram, esta terça-feira, em frente às instalações da empresa, em Ponte, Guimarães, por não terem recebido o salário do mês de julho e o subsídio de férias. Os funcionários cumprem os horários estipulados, mas não produzem nada porque o abastecimento de gás foi cortado por falta de pagamento. A administração diz que vai pagar e que a empresa não vai encerrar.
A contestação, em frente às instalações da StampDyeing, numa altura em que os trabalhadores se preparam para ir de férias, obrigou a administração a agendar uma reunião, para amanhã às 17 horas, com um delegado do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes e representantes dos trabalhadores. Segundo garantiu o administrador da empresa, Dâmaso Lobo, ao representante sindical, Francisco Vieira, "a empresa não é para fechar e vou pagar".
Deu entrada um pedido de insolvência
Segundo os trabalhadores, no passado já tinham acontecido outras situações de cortes de gás, mas que acabavam sempre por ser resolvidas. Desta vez, o problema ganhou outros contornos quando, no dia 1 de agosto, um fornecedor de produtos químicos entrou com um pedido de insolvência. Há dois meses, desde que o gás foi cortado, no dia 24 de junho, que os funcionários cumprem o horário sem produzir nada.
A StampDyeing faz parte do universo empresarial da Mabera que, em 2021, resgatou a histórica têxtil vimaranense Coelima, pagando 3,7 milhões de euros para a tirar da bancarrota.