Os trabalhadores da Tesco, em Ribeirão, Famalicão estão em greve, esta sexta-feira, reivindicando melhores salários e o fim da precariedade.
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Segundo Sérgio Sales, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Norte foi entregue um caderno reivindicativo mas a firma "não abriu sequer portas ao diálogo. Por isso, decidiram avançar para a greve.
Sérgio Sales disse ao JN que os trabalhadores estão "muito descontentes" porque não vêm o seu trabalho "valorizado" através dos salários. A maioria, disse, ganha ordenados que rondam o salário mínimo.
"Ainda há pouco uma funcionária me dizia que trabalha aqui há 18 anos e ganha três euros acima do salário mínimo", afirmou o sindicalista.
De acordo com Fátima Silva, dirigente sindical da Tesco, os operários reclamaram um aumento de 40 euros mas a empresa não chegou sequer à fase de negociações. "Até ao ano passado temos tido uma abertura boa, temos negociado e eles têm-nos ouvido, mas desta vez não nos receberam. O nosso objetivo era mesmo o diálogo e chegar a um consenso", afirmou a trabalhadora.
"Entregaram-nos uma carta mas o que está lá é zero", continuou notando que o único aumento que tiveram foi 0,10 cêntimos no subsídio de refeição.
Por outro lado, Sérgio Sales refere que "cerca de 60% dos trabalhadores têm vínculos precários". "Não sabemos como é que pode produzir e funcionar normalmente estando a recorrer a trabalho temporário", adiantou notando que ocupam um posto de trabalho que é permanente.
Oriana Campo trabalha há sete anos na Tesco mas diz que renova o contrato de quatro em quatro meses. "Antigamente era de 15 em 15 dias", afirmou.
O JN tentou ouvir a empresa mas os responsáveis não se mostraram disponíveis.