A nova circular da Póvoa de Lanhoso atravessa terrenos de reserva agrícola e ecológica, afeta várias linhas de água e zonas de regadio. O município queria ter a circular a funcionar em 2025, mas os estudos necessários deverão comprometer os prazos anunciados.
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Depois do parecer, emitido no dia 6 de fevereiro, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o novo acesso à vila de Póvoa de Lanhoso, a partir da EN103, que liga a Braga, deverá ser alvo de uma avaliação de impacto ambiental (AIA). O município queria ter a circular a funcionar em 2025, mas os estudos necessários deverão comprometer os prazos anunciados.
De acordo com a APA, o projeto tem “impactes negativos” significativos, “identificados no âmbito dos fatores ambientais recursos hídricos, uso do solo, sistemas ecológicos, sistemas agrícolas, ordenamento do território e património”. Apresentada pela Câmara da Póvoa de Lanhoso, em dezembro de 2022, a via circular fará a ligação rápida entre a EN103, em Covelas, a Avenida 25 de Abril (EN310) e as ruas dos Moinhos Novos e da Ponte Pereiros (EN205), permitindo entrar e sair da vila, na direção de Braga, Guimarães, Fafe e Gerês de forma mais expedita. A circular urbana também servirá para acabar com o atravessamento da vila por veículos pesados e como ligação rápida aos parques industriais de Fontarcada e de Mirão, ao Ecoparque da Braval e ao futuro Parque de Acolhimento Empresarial.