Trancoso espera multidão na Festa da História

As bodas reais de D. Dinis e D. Isabel de Aragão voltam a servir de mote para mais uma edição da Festa da História em Trancoso, num evento que recorda o acontecimento histórico do casamento e boda do "Rei Lavrador", ocorrido na cidade há 740 anos.

A "Festa da História - Bodas Reais" regressa sexta-feira a Trancoso e termina domingo. A cidade vai "engalanar-se" e recuar no tempo, propondo aos visitantes uma viagem até 1282.

A iniciativa, que vai na 20.ª edição, não acontece há dois anos devido à pandemia. Agora, afirma o presidente da Câmara, Amílcar Salvador, estão reunidas todas as condições para voltar a lembrar "um facto histórico que a Autarquia se orgulha de assinalar e o concelho de comemorar". "As pessoas estão ansiosas para regressarmos a este evento porque Trancoso é uma terra histórica, cheia de monumentos, memórias, lendas e tradições e uma terra de grandes eventos", refere o autarca.

O programa dos festejos inclui momentos de animação, música, espetáculos de teatro, comédia e dança, acrobacias, malabarismo e arruadas. No recinto do burgo também não faltarão expositores, mercadores e tabernas.

Investimento

Ao longo dos três dias realizar-se-ão várias recriações históricas. Os pontos altos serão o cortejo no domingo, pelas 17 horas, seguido, meia hora mais tarde, da cerimónia de esposamento e bodas de D. Dinis e D. Isabel de Aragão. Nestes dois momentos participarão centenas de figurantes, entre populares, comerciantes, elementos de coletividades e de uma empresa contratada para realizar as recriações medievais.

"Temos um programa vasto, arrojado, que nos orgulha. São três dias de uma festa a que ninguém deve faltar", sustenta o presidente da Câmara, que está a contar com a presença de "milhares de visitantes".

A "Festa da História - Bodas Reais" vai custar 50 mil euros ao Município. O edil recusa falar em gasto. Defende que se trata de um "investimento que traz retorno e acima de tudo ajuda a afirmar as potencialidades do concelho".