Câmara de Braga adjudica, esta segunda feira, a musealização da Ínsula das Carvalheiras. Concurso anterior ficou sem concorrentes.
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O Município de Braga debate e vota esta segunda-feira, em reunião do Executivo, uma proposta de adjudicação à empresa Alexandre Barbosa Borges, S.A, por 3,8 milhões de euros, da obra de musealização das ruínas arqueológicas romanas da Ínsula das Carvalheiras.
A empreitada havia sido posta a concurso em 2023 por 2,7 milhões, mas não apareceu nenhum concorrente dado que o setor entendeu que o preço era muito baixo.
Feito novo concurso com o preço-base de 3,9 milhões, o júri decidiu atribuir a obra à referida construtora de Braga. O projeto é feito em parceria com a Universidade do Minho (UMinho).
O investimento, que é exclusivamente do Município uma vez que não há possibilidade de candidatura a financiamentos comunitários, funciona como “um instrumento de regeneração urbana, uma aposta na valorização patrimonial, um testemunho de uma parceria sempre renovada com a UMinho e, sobretudo, um resultado final que vai agradar aos cidadãos e atrair muitos visitantes”.
A Ínsula das Carvalheiras, dizem os projetistas, proporciona uma viagem no tempo, com a entrada num Centro Interpretativo - com uma vertente moderna e tecnológica - e com um percurso até ao interior do espaço, onde está um importantíssimo legado romano. Para além da componente arqueológica, o estudo prevê a criação de um parque urbano anexo às ruínas, para usufruto dos cidadãos e para atividades culturais e de lazer.
A cidade passa assim a dispor de um equipamento “de grande valor histórico e cultural, verdadeiramente emblemático da origem romana de Braga, capaz de ajudar a reforçar a sua identidade e a diferenciar a sua oferta cultural”, refere a Câmara.
A conceção é da autoria de Alejandro Beltran-Caballero e Ricardo Mar, dois arquitetos com experiência na relação com a arqueologia e na musealização de vestígios romanos.