A tragédia persegue a Egas Sequeira Pirotecnia: em 30 anos, teve três acidentes graves. Do primeiro, nos anos 80, os habitantes da região já se esquecem dos pormenores, sabem só que não morreu ninguém.
Corpo do artigo
A memória do segundo ainda está viva: aconteceu há mais de uma dezena de anos e matou o dono da altura. O choque foi tal que a família pôs o espaço à venda. Foi assim que a família Egas Sequeira saiu de Paços de Gaiolo, Marco de Canaveses, e se mudou para Ferreiros de Avões, perto da fábrica que já fica em Penajóia, Lamego.
O presidente da Junta de Freguesia de Avões, Macário Rebelo, assegura que Egas Sequeira fez uma revolução na segurança e separou o material explosivo por várias casas de fabrico, tal como manda a lei, para minimizar o risco de uma tragédia.
O cuidado com a segurança era-lhe louvado, ainda que nem sempre tudo corresse bem. Em 2012, nas Festa de S. Miguel, em Rio de Galinhas, Marco do Canaveses, um foguete descontrolado causou 16 feridos ligeiros, incluindo cinco bombeiros.
Apesar disso, o fogo de artifício continuou a ser encomendado todos os anos à Egas Sequeira.
Por esta altura, a empresa empregava cerca de 15 pessoas, para preparar a Páscoa, uma das épocas altas do ano. À hora da tragédia, na terça-feira, apenas oito pessoas estariam nas instalações.