Carrosséis e pavilhões de comida nas Fontainhas, na Boavista e em Lordelo. Lotação limitada, máscara obrigatória e medição de temperatura à entrada.
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Lotação limitada e medição da temperatura à entrada. Estas são duas das regras dos parques de diversões na rotunda da Boavista, nas Fontainhas e em Lordelo do Ouro, à beira-rio, no Porto, com abertura ao público marcada para este sábado e de acesso gratuito. O uso da máscara será obrigatório.
Vão funcionar durante mais de um mês e segundo Paulo Jorge, da Associação-Movimento Empresarial Itinerante de Empresas de Diversões e Similares (MEID), "na véspera de S. João, a 23 de junho, está previsto o encerramento às 18 horas, abrindo em horário normal no feriado do dia seguinte [meio-dia, no caso da restauração, e 16 horas para os carrosséis]". O evento, transversal aos três parques, será designado Porto Fun Park e terá uma oferta variada: carrosséis, como os carrinhos de choque e a roda gigante, entre outros, assim como as barraquinhas das farturas, do algodão doce, das pipocas, do pão com chouriço e por aí fora, a par dos pavilhões da sardinha e das febras assadas, sem esquecer os matrecos e demais divertimentos. Porém, em tempo de pandemia, o controlo promete ser rigoroso.
Polícia e segurança privada
Os três parques estarão vedados. A organização contratou segurança privada e a presença da Polícia será visível. "Haverá seguranças privados e a PSP terá uma presença permanente. Também a Polícia Municipal está mobilizada. Vamos gastar cerca de 90 mil euros [inclui segurança, gradeamento e casas de banho, que terão um funcionario para limpeza todo o dia]", adianta Paulo Jorge, registando que o Fun Pak é uma realização conjunta da Câmara do Porto, da MEID e das associações APIC (Profissionais Itinerantes Certificados) e APED (Portuguesa de Empresas de Diversões). "A Autarquia isentou-nos das taxas camarárias, o que resultará num apoio de 200 mil euros", acrescenta, dando nota de que as pessoas estão "ansiosas" pelo regresso das diversões, mas que a retoma terá que ser regrada.
"Haverá gel desinfetante. Os carrosséis funcionarão com lotação reduzida e circuitos diferentes para entrar e sair", refere. Na rotunda da Boavista, por exemplo, a grande porta da entrada ficará em frente à Avenida da Boavista. "Se a capacidade do recinto estiver esgotada, as pessoas terão que aguardar em fila. As filas serão ordenadas de forma a manter o distanciamento físico", avisa. Estão previstas saídas de emergência. Os trabalhos de montagem aguçaram a curiosidade. José Duarte, do pavilhão Duarte, de gastronomia tradicional, ocupa o seu lugar na Boavista "há mais de 20 anos", como é tradição. Expectante, está "convencido que os clientes vão aparecer", incluindo os "turistas".
Prazo
30 de junho fecham os parques. Até lá, funcionarão diariamente até às 22.30 horas, incluindo sextas, sábados e vésperas de feriados (a exceção será o dia 23).
Feirantes
"Sem trabalho, tive que me desenrascar"
Para os empresários, a vida não tem sido fácil. Para Manuel Moreira, das Diversões Queimado, no mercado há quatro décadas, desde que surgiu a pandemia praticamente não houve negócio. "Tive que pedir algum dinheiro a particulares. Sem trabalho, tive que me desenrascar para fazer face às despesas. Vendi sucata e cereja", conta o responsável pela empresa, que é o sustento da família. Ocupado, com o filho e os netos a tratarem da montagem do carrossel, mostra-se inteirado das normas a cumprir. "Haverá gel, indicações para entrar e sair. Para garantir o distanciamento, os lugares indisponíveis estarão sinalizados", antecipa.