Três dos trabalhadores agrícolas que estavam em quarentena numa escola em Faro devido a Covid-19 vão continuar em isolamento e vigilância em casa por estarem infetados.
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O grupo de 56 homens e mulheres deixou esta segunda-feira a EB 2,3 Santo António onde estava desde 15 de março.
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Há uns dias os três trabalhadores testaram positivo para Covid-19 mas não necessitaram de internamento hospitalar, pelo que permaneceram na escola, separados dos restantes trabalhadores que não estavam infetados.
Ao que o JN apurou, os três infetados com o novo coronavírus vão continuar em isolamento, com vigilância, mas numa casa cedida pela entidade empregadora, uma vez que residem em habitações com condições precárias e em grupos de 20 a 30 pessoas.
Segundo o diretor do Agrupamento de Escolas João de Deus, a que pertence a Santo António, "a desinfeção começou de imediato, com uma empresa contratada para o efeito". Depois "será feita uma segunda limpeza com funcionários da escola e sem perigo para a saúde pública", garantiu Carlos Luís.
Os migrantes de nacionalidade nepalesa, paquistanesa e indiana, foram levados para a escola há duas semanas depois de ter sido identificado um caso positivo de Covid-19 entre esta comunidade de trabalhadores agrícolas nos arredores de Faro. O grupo era inicialmente de 74 homens e mulheres, mas acabou por ficar reduzido a 56. Cinco foram internados no Hospital de Faro, desconhecendo-se o que aconteceu aos restantes 13.
O JN contactou, por diversas vezes, as autoridades de saúde a pedir esclarecimentos sobre o paradeiro dos trabalhadores, mas não obteve resposta.
Segundo os dados revelados esta segunda-feira pela ARS Algarve, o concelho de Faro tem 32 pessoas infetadas com Covid-19. A região regista 122 casos e três vítimas mortais (duas em Lagoa e uma em Albufeira).