O Tribunal de Contas chumbou o contrato entre a Sevenair e o Governo para a atribuição de uma nova concessão da carreira aérea regional Bragança – Vila Real – Viseu – Cascais – Portimão, admitiu o responsável da operadora, Sérgio Leal.
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Sem este visto, a ligação não pode ser reestabelecida. A empresa, que tem cerca de uma centena de funcionários, já perdeu trabalhadores que optaram por sair e outros encontram-se em lay-off.
O visto foi reprovado pelo Tribunal de Contas “por irregularidades detetadas em datas mencionadas no documento” e aguarda-se novo procedimento, explicou Sério Leal, ouvido na comissão parlamentar do Ministério das Infraestruturas e Habitação. Ainda sem data para serem retomados os voos regionais, interrompidos há quatro meses, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, lamenta a delonga e espera que o Estado encontre “rapidamente” uma via para restabelecer o serviço.
Não nos passa pela cabeça que essa solução não seja encontrada rapidamente. Registo um facto: a ligação só está interrompida quando o Governo é do PSD-CDS”, afirmou o socialista, vincando que se trata de uma linha “fundamental, importante e reconhecida por empresários, turistas e pelos que habitam o território”.
O autarca desconhece “os fundamentos para o chumbo” por parte do Tribunal de Contas. “Vejo isso com preocupação. É mais um atraso”, criticou.
A procurar alternativas
A Sevenair assegurava a rota desde 2009. Em outubro, o serviço foi suspenso pela empresa por falta de pagamento por parte do Estado. Entretanto, em dezembro, o Ministério da Infraestruturas e da Habitação informou que o novo contrato entre a Sevenair e o Governo tinha sido assinado e que iria ser remetido para visto no Tribunal de Contas.
Sérgio Leal disse que ainda não sabe a data para retomar os voos e que “os funcionários estão em “lay-off” suportado pela Sevenair”, que já perdeu alguns que optaram por sair. Sem a concessão da carreira aérea entre Trás-os-Montes e o Algarve a operadora perde dinheiro e é obrigada a procurar alternativas.