Os funcionários da Câmara de Oliveira do Bairro vão ter companhia a partir da próxima segunda-feira. O Tribunal passa a funcionar no segundo andar dos Paços do Concelho até que as obras do edifício estejam concluídas. Não se sabe quando.
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O juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão, garantiu, ontem, ao JN, que o Tribunal Judicial de Oliveira do Bairro vai reabrir, segunda-feira, no segundo andar da Câmara Municipal.
O Tribunal, onde funcionam os juízos de média e pequena instância cível e criminal, está completamente parado desde a passada segunda feira, devido a uma inundação provocada pela chuva que caiu no fim-de-semana. No entanto, a primeira inundação ocorreu no dia 6 de Setembro, dias antes do empreiteiro responsável pela requalificação do edifício público ter destelhado o edifício sem ter acautelado a sua rápida cobertura.
O juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga referiu ainda que a primeira inundação ocorrida, em Setembro, provocou "uma grande perturbação" dos serviços. "A última inundação, no último fim-de-semana, obrigou à paragem dos serviços", revelou.
"Agora, estamos a caminhar para a resolução do problema. Os serviços foram prejudicados numa percentagem mínima, enquanto que os serviços urgentes foram realizados e salvaguardados. Só algumas diligências, muito poucas, é que tiveram que ser adiadas", explicou.
Paulo Brandão confessa que se perdeu algum tempo de justiça, sublinhando, no entanto, que "alguma perturbação podia ter sido evitada", dando a conhecer que a inundação não atingiu qualquer processo. Contudo, "alguns equipamentos poderão ter sido danificados".
Destacou ainda "o empenho que os funcionários tiveram durante este período, assim como a entrega dos magistrados. Das pessoas que aqui trabalham houve essa dedicação".
Quanto ao apuramento de responsabilidades, o magistrado referiu que essa avaliação não é da sua competência e terá que ser feita à posteriori. "Não tive intervenção na celebração do contrato, mas seguramente teremos que ver qual será o prejuízo." "Uma avaliação que será feita com calma e ponderação. Depois as instâncias competentes, os serviços do ministério público que estiveram à frente desta mudança de local, farão aquilo que entenderem", acrescentou o juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga.