Troca de helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros permite "responder à procura maior"
INEM justifica substituição do modelo do helicóptero de Macedo de Cavaleiros por permitir “responder à procura maior e acorrer a outras situações”.
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O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) adiantou esta sexta-feira ao JN que a opção de manter os helicópteros de média dimensão durante a noite nos heliportos de Loulé e de Macedo de Cavaleiros “permite responder à procura maior e acorrer a outras situações em que sejam necessários, o que não seria possível com os helicópteros ligeiros”, informou fonte oficial daquele organismo.
O INEM respondeu a um pedido de informação do JN na sequência das denúncias do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) de que “vários doentes” transportados do Hospital de Bragança para o Porto pelo INEM por via aérea, “tiveram um atraso de aproximadamente 50 minutos, causado pela decisão de se colocar em Macedo de Cavaleiros um helicóptero maior, modelo Aw139, no âmbito da reestruturação do serviço iniciada a 1 de janeiro". Esse aparelho não pode aterrar nos heliportos das unidades de saúde transmontanas, nomeadamente Bragança e Mirandela.
A decisão de substituir o helicóptero alocado a Macedo de Cavaleiros por um de maior dimensão, cujas aterragens não estão homologadas pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) nos heliportos dos Hospitais de Bragança e de Mirandela, também foi criticada pelo presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, Jorge Fidalgo, “porque o assunto devia ter sido acautelado antecipadamente e não foi dando, agora, origem a atrasos no socorro de doentes”.
Ainda segundo as informações que o INEM facultou ao JN em 2023, os quatro helicópteros de socorro e emergência (Évora, Loulé, Macedo de Cavaleiros e Viseu) realizaram 211 transportes durante a noite, sendo 91 os transportes realizados pelos aparelhos localizados em Viseu em Évora. Em 2022, os mesmos helicópteros fizeram 199 transportes durante a noite. “Os de Viseu e de Évora realizaram 90, menos de metade”, indicou o INEM.
O Instituto explicou também que “no atual contexto, importa considerar os números dos helitransportes em 2022 e 2023 e ter em consideração que a decisão de diminuir de quatro para dois o dispositivo durante a noite é transitória, enquanto se aguarda pelo concurso público, e resulta de não haver disponibilidade de nenhuma empresa para assegurar o serviço”.
O presidente da CIM Transmontana criticou ainda a retirada do serviço noturnos a dois helicópteros do INEM, Évora e Viseu “porque reduz o socorro nas várias regiões”, e, “pode suceder que durante a noite sejam necessários vários”.