Devido à obra na linha Amarela, em Gaia, acesso à passagem do lado sul já fica vedado na segunda-feira. Em novembro, impedimento chega à entrada norte.
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O túnel rodoviário de Santo Ovídio, em Gaia, vai ficar vedado ao trânsito por um período mínimo de um ano, devido às obras da extensão da linha Amarela do metro.
Amanhã, a entrada subterrânea do lado sul (para quem vier dos Carvalhos, por exemplo) já estará fechada. A solução, para os automobilistas, será subir em direção à rotunda.
No início de novembro, provavelmente a partir do dia 2, o impedimento alarga-se à entrada do lado norte. Ou seja, para quem estiver a subir a Avenida da República não restará outra alternativa senão entrar na rotunda e daí continuar para o seu destino.
Estas alterações têm a ver com o prolongamento da linha Amarela até Vila d"Este. A empreitada está em curso em vários pontos do futuro traçado. Entre a estação de metro existente em Santo Ovídio e a paragem seguinte, denominada Manuel Leão, está a ser construído um viaduto e é esta obra que determina o fecho da circulação no túnel.
Há prazos a cumprir e trabalhos em execução, nomeadamente relacionados com os pilares que irão suportar o viaduto. Como foi referido, outros locais do percurso estão, igualmente, a ser intervencionados e com condicionamentos de trânsito, entre os quais junto a Vila d"Este e ao Centro Hospitalar Gaia/Espinho, mas, aqui, sempre com um corredor livre para os veículos prioritários, como é caso das ambulâncias.
Trabalhos até 2023
No túnel de Santo Ovídio, as restrições têm avançado paulatinamente, apertando, cada vez mais, o fluxo.
Por sua vez, na zona envolvente da futura estação Manuel Leão, o trânsito estará interrompido no cruzamento das ruas Clube dos Caçadores e do Rosário até ao segundo trimestre de 2023. A estação será subterrânea e ficará localizada junto da Escola Soares dos Reis e do Centro de Produção da RTP. Quando estiver finalizada, por cima haverá um anfiteatro ao ar livre.
No caminho, a seguir a Manuel Leão, nascerá a estação Hospital Santos Silva, à superfície. Ocupará o espaço que, até abril deste ano, funcionou como parque de estacionamento e entretanto encerrou. Quando terminar a empreitada, a par da estação de metro surgirá uma nova zona de estacionamento com outra configuração. No fim da linha, a estação de Vila d"Este também será à superfície.
A data apontada para a conclusão dos trabalhos na linha Amarela é 31 de dezembro de 2023. O custo total supera os 138 milhões de euros e a intervenção é comparticipada pela União Europeia, através do Fundo de Coesão.
Circulação
Reabilitação da Ponte Luís I é mais um problema
Não está fácil a vida para os automobilistas em Gaia. Se o fecho do túnel de Santo Ovídio vai sobrecarregar ainda mais a circulação na rotunda, a reabilitação do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, e a consequente proibição de trânsito, é outra dor de cabeça para quem entra e sai do Porto, de carro. A alternativa mais próxima é a Ponte do Infante, uma travessia que, mesmo sem as obras na Ponte Luís I, enche nas horas de ponta e obriga a apelar à paciência. Na Ponte Luís I só passam peões e bicicletas (também motas conduzidas pela mão) e a requalificação das estruturas vai durar um ano. É sabido que entre Oliveira do Douro (Gaia) e Campanhã (Porto) nascerá outra travessia rodoviária, a Ponte D. António Francisco dos Santos, mas está ainda na fase de projeto. Para quem viaja de metro também foi anunciada a novidade da linha a criar entre Santo Ovídio e a Casa da Música (Porto).
Linha
3,15 quilómetros até Vila d'Este
O prolongamento da linha até Vila d'Este vai acrescentar 3,15 quilómetros ao traçado que começa no Hospital de S. João, no Porto.
Haverá mais 63 892 passageiros diários
Pelos cálculos da Metro do Porto, quando a extensão estiver a funcionar haverá um acréscimo de 63 892 passageiros diários.
Ligação ao Porto será feita em 20 minutos
Entre Vila d"Este e a Câmara de Gaia, a viagem será de 10 minutos. Até aos Aliados, no Porto, demora 20 minutos