Moradores algarvios denunciam "inferno". Governo vai definir carga máxima nas grutas.
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Outrora uma paradisíaca aldeia piscatória, Benagil, em Lagoa, no Algarve, transformou-se num inferno, nos últimos cinco anos, para quem lá vive ou ali possui casa de férias. Milhares de turistas rumam à pequena localidade, todos os dias, e pagam a operadores marítimo-turísticos para irem visitar o Algar de Benagil. Vão para estas grutas de barco, de caiaque, de canoa ou em pranchas de “stand up paddle”, sem limite máximo de pessoas que podem aceder às grutas. Em terra, o cenário é caótico: vendas de ingressos no meio da rua, acessos a moradias bloqueados por carrinhas cheias de embarcações e estacionamento abusivo, na rua e em terrenos privados. A Câmara de Lagoa fala na necessidade de uma solução “urgente”.
Há cerca de 10 anos, uma empresa começou a organizar com frequência passeios de barco às grutas de Benagil, com autorização da Capitania. Mas, há cinco, explodiu o número de operadores que fazem passeios em embarcações mais pequenas, como caiaques e canoas. É do areal que partem para aceder às grutas. E, para isso, só precisam de estar inscritos no Registo dos Agentes de Animação Turística - integrado no Registo Nacional do Turismo. O procedimento pode ser feito online, de forma célere.