A Igreja de Santa Cruz, no centro de Braga, começou esta quinta-feira a cobrar um euro aos turistas que pretendam visitar o templo, um dos mais icónicos da cidade, situado junto ao antigo hospital. Quem quiser apenas rezar continua a poder fazê-lo livremente, sem custos.
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"Esta é uma medida que irá certamente causar algum estrondo, mas que se justifica pelo facto de termos necessidade de preservar este belíssimo património", explica o provedor da Irmandade de Santa Cruz, a entidade responsável pelo espaço. Segundo Fernando Rodrigues, trata-se de um "custo irrisório" que representa "quase um donativo para ajudar na manutenção e salvaguarda" da igreja.
Os visitantes poderão aceder a uma guia áudio, através de um QR Code, que lhes permitirá fazer uma "visita guiada" com informação detalhada sobre a igreja e o seu núcleo museológico.
"À entrada, receberão um bilhete de controlo e a password para acesso ao QR Code, que deixa de ser válido no momento em que saem da igreja", sublinha o provedor.
Neste momento, a nossa perceção é que nos visitam mais de 100 pessoas por dia
De acordo com Fernando Rodrigues, através desta medida, os visitantes poderão aceder a "toda a explicação" sobre as características, a história e importância da Igreja de Santa Cruz, nomeadamente o "tipo de detalhes e de imagens" que ali se encontram.
"Teremos também disponível, pelo custo adicional de dois euros, uma brochura onde toda essa informação está detalhada", refere o responsável.
Fernando Rodrigues garante que "para rezar não é preciso pagar". "Qualquer pessoa que venha à Igreja de Santa Cruz para orar pode fazê-lo e não paga nada. Na hora das missas, a visita será interrompida", afirma. O provedor da Irmandade de Santa Cruz entende que "não haverá problemas" em fazer a destrinça entre quem vai visitar a igreja e quem quer rezar.
"É fácil distinguir os turistas", assegura Fernando Rodrigues. Na perspetiva da Irmandade, esta medida poderá também ser importante para ter uma melhor contabilidade sobre o número. "Neste momento, a nossa perceção é que nos visitam mais de 100 pessoas por dia", conclui o provedor.