Do cimo da Rua de São João, no Porto, avistavam-se os barcos rabelo a circular pelo Douro, uns atrás dos outros. Seguiam à pinha, indicando que, pela Ribeira, uma multidão passeava por lá.
Corpo do artigo
Entre o regresso dos homens-estátua, músicos de rua, grupos de dança, pequenas feiras e, claro, os tradicionais saltos para a água, o ambiente que se viveu durante este domingo, junto ao rio, já soube a um domingo "normal".
Em jeito de "aquecimento", à chegada ao Cubo, ecoava "The Cup of Life", de Ricky Martin. Vinha da loja de Olinda Leite, a quem os 86 anos não impediam de desafiar os turistas que passavam para dançar com ela. Poucos eram os que não usavam máscara.
"O ambiente já parece mais normal, a Ribeira já está mais cheiinha", diz a vendedora, contente com o movimento.
Primeira saída
Entre dezenas de espanhóis que procuravam um lugar numa esplanada, passeavam também muitos portugueses. Para alguns, domingo foi a primeira saída deste verão. Foi o caso de Vítor Rocha e Ana Santos.
O casal, de Sandim, Gaia, está de férias e admite que "já se começa a ver mais gente" na rua. "Está muito mais movimento, parece uma Ribeira mais normal", atira Ana Santos, de 42 anos.
Ainda assim, a afluência que se verificou não se traduziu em todos os negócios. Caso disso é o restaurante "Mercearia".
O responsável pelo estabelecimento, Mário Ferreira, observa que o número de clientes "está muito longe do chamado normal".
"A partir do dia 1 melhorou, mas antes enchíamos as três salas e agora só enchemos a esplanada. Lá dentro ficam duas ou três mesas com turistas, que normalmente já vêm com um teste negativo ou certificado de vacinação", referiu.