Um dos quatro feridos na sequência de uma "violenta" explosão, seguida de incêndio, esta terça-feira de manhã, na rua Conde das Antas, na zona de Campolide, em Lisboa, encontra-se no Hospital de São José com queimaduras de primeiro e segundo graus, e apresenta um prognóstico reservado.
Corpo do artigo
Os Sapadores Bombeiros de Lisboa receberam, às 09.48 horas, um alerta de explosão seguida de incêndio ao nível do piso térreo de um edifício de três andares na rua Conde das Antas, em Campolide.
A explosão seguida de incêndio provocou quatro feridos, dos quais três foram transferidos para o Hospital de São José e um foi assistido no local, disse à agência Lusa fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Segundo fonte do hospital, um dos feridos está a ser assistido com queimaduras de primeiro e segundo grau e apresenta um prognóstico reservado. Os outros dois feridos apresentam escoriações.
No local, o segundo comandante dos Sapadores indicou que dois dos feridos serão funcionários da loja de estofadores, onde começou o incêndio, e que os outros dois eram transeuntes.
A forte explosão que terá iniciado o incêndio provocou danos em pelo menos quatro prédios, partindo vidros e projetando móveis, e pelo menos três carros arderam.
Suspeita de fuga de gás
O incêndio terá tido início com uma explosão de gás, num rés-do-chão do prédio onde funcionava uma "oficina de estofadores", que terá tido um "efeito triplicado devido ao material inflamável" presente naquele espaço, segundo o secretário da Junta de Freguesia de Campolide, Miguel Marques, que também faz parte da Unidade de Proteção Civil de Campolide.
"Não há perigo de nova explosão, o gás foi cortado e os bombeiros estão a proceder às operações de rescaldo", assegurou.
O secretário da Junta adiantou que o dono da loja, com 60 anos, é um dos feridos e descreveu que o incêndio causou também "muitos danos em viaturas em marquises" próximas ao número 22b da rua Conde das Antas, mas também "em ruas paralelas".
Explosão "violenta", "parecia uma bomba"
Fonte dos bombeiros sublinhou ter-se tratado de uma explosão "violenta, com móveis projetados para o exterior". Pelas 10.15 horas estavam três viaturas a arder, tendo várias outras sido afetadas.
"Eu ia a passar, ia três metros mais à frente de onde foi a explosão, foi uma sorte. O incêndio propagou-se e arderam carros", relatou o comerciante António Correia Figueiredo, adiantando que o barulho "parecia ser um rebentamento de um compressor ou de uma bilha de gás".
Um homem escapou do edifício onde deflagrou o incêndio "e vinha todo chamuscado, embora não estivesse ferido", mas um outro, que estava no passeio em frente, ficou a sangrar.
Uma testemunha, que trabalha numa loja de limpezas a seco "a cerca de 100 metros", disse à Lusa que a explosão que se ouviu "parecia uma bomba".
No local estiveram 11 veículos de socorro dos Sapadores Bombeiros de Lisboa e dos Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique e 39 operacionais, bem como PSP e INEM.
[youtube:i2QezgG8p50]
