<p>Uma carrinha ficou esmagada entre camiões na A4, em Amarante, depois de um dos pesados, possivelmente por falha nos travões, a ter atirado contra outro. Uma mulher morreu. O condutor da carrinha, seu marido, está gravemente ferido.</p>
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Uma falha nos travões de um camião será a explicação para o brutal acidente que, ontem, cerca das 16 horas, ocorreu na A4, no nó Amarante-Este, no sentido Porto-Vila Real. O camionista não conseguiu evitar o choque com uma carrinha comercial Peugeot que estava parada na fila de trânsito, logo atrás de um outro camião da mesma empresa. Resultado: a carrinha ficou esmagada entre os dois pesados, carregados de brita. O casal que seguia na carrinha era de S. Mamede de Infesta, Matosinhos. A mulher, Conceição Maria Rodrigues, 48 anos, morreu no local do acidente. O homem, Abílio F. Rodrigues, 52 anos, foi retirado com vida para a Unidade do Padre Américo do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, em Penafiel, e permanecia, ontem, em observações.
Fonte hospitalar adiantou, ao JN, que o sobrevivente, politraumatizado, foi recuperado da reanimação e que estava a fazer constantes exames. A fonte acrescentou que o estado de saúde da vítima "aparentava sinais de estabilização".
O hospital só conseguiu identificar o ferido depois de se encontar o número de telefone do filho nas calças da vítima. O filho só muitas horas após o acidente soube da morte de Conceição. O corpo foi levado pelos Bombeiros de Amarante para a delegação de Penafiel do Instituto de Medicina Legal. Os bombeiros conseguiram ainda salvar um pequeno cão que viajava com o casal sinistrado, que ficou com ferimentos nas patas e foi levado para o canil.
O acidente foi potenciado pela paragem da circulação do trânsito no sentido Amarante-Vila Real, motivada pelas obras de alargamento da A4. Os constrangimentos da circulação são, agora, frequentes. Os camiões envolvidos no acidente pertencem à empresa Lívio Teixeira Ribeiro- Transportes, com sede em Gondar, Amarante. Aquela hora, os pesados faziam transporte de brita. Logo após o choque, o motorista que conduzia o camião terá dito, no local, à patroa que "já tinha avisado para as deficiências do sistema de travagem do camião". O JN confrontou a proprietária da empresa com este facto, mas a responsável recusou prestar declarações, confirmando apenas que era dona da empresa. A investigação criminal da Unidade de Trânsito da GNR permanecia no local muito depois das 22.30 horas.