Protesto esta segunda-feira em Coimbra contra ao abate de jacarandás, na Rua Lourenço de Almeida de Azevedo, devido à passagem do Metro Mondego. Segundo a autarquia, serão abatidas 11 árvores.
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Jorge Gouveia Monteiro, do Movimento Cidadãos por Coimbra, considera que esta será, "provavelmente, a rua melhor arborizada de Coimbra" e que as pessoas estão "escaldadas" depois de, no passado, terem sido surpreendidas, no passado, com o abate de um conjunto de plátanos centenários na Avenida Emídio Navarro. "Aquilo que nos move é um alerta aos poderes públicos, à Infraestruturas de Portugal e à Câmara, que tem de defender e articular tudo o que é espaço público com essas empresas e com a população", aponta.
O protesto juntou populares, lojistas e militantes de vários partidos à frente do Campo de Santa Cruz. Entre eles estava Paula Lourenço, com uma loja de decoração de interiores, que considera "surreal" o corte das árvores, queixando-se ainda de ir ficar "sem loja durante 15 meses", o tempo previsto para a intervenção e sem aviso.
Para José Manuel Pureza, do BE, este abate é "uma perda irreparável". João Fontes da Costa, do PAN, assegura que "temos novas ilhas de calor por causa deste projeto da Metro". Já Bruno Barbosa, do Livre, diz que a Câmara e a Metro estão a fazer "tudo aquilo que não é preciso". O projeto inicial para o Metro previa o abate de 43 árvores, mas, em 2023, foi aprovado pela autarquia um plano que reduziu o corte para 11.
"Demagogia", diz vereadora
Esta segunda-feira, na reunião do executivo municipal, Ana Bastos, vereadora do urbanismo e transportes, apontou que, desde então, "não houve mais nenhuma alteração" e diz que a manifestação de ontem foi marcada por "demagogia, oportunismo e populismo".
Para a vereadora, não adianta criticar, sem apresentar soluções e aponta que as alternativas seriam parar a obra ou alterar o projeto, pondo o canal no meio da faixa de rodagem, sem circulação automóvel.