Joana Soares, psícóloga no Hospital de S. João, no Porto, ainda hoje tem gravado na memória o desespero de uma mulher, de 30 anos, que tinha perdido o marido, da mesma idade, num acidente de mota. Ali, na "Sala da Família", a jovem encontrou o amparo que, para muitos, faz toda a diferença.
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"Percebemos que já não somos um mero serviço circunstancial. Contribuímos com um olhar mais humano", diz Joana Soares, 51 anos, desde 2004 no S. João.
Desde 2021 que o Hospital passou a oferecer um serviço inédito no país: um psicólogo em permanência nas Urgências. Quatro anos volvidos, o balanço "é muito positivo" e prova disso são as listas de espera. Na altura da pandemia, só num ano acompanharam quatro mil pessoas, entre doentes e familiares. "Os casos inesperados são os mais difíceis de lidar", resume Joana Soares.