Unidade Local de Saúde do Oeste nega negligência na morte de brasileiro nas Caldas da Rainha

“A ULS Oeste vem desmentir as acusações de que os profissionais da instituição ignoraram a existência de doença crónica preexistente”, referiu a instituição, em resposta a um pedido de esclarecimento do JN. “É igualmente falso que a medicação prescrita no primeiro atendimento tenha qualquer contraindicação ou interação com a medicação de toma habitual do doente”, assegurou.

Além de garantir que a família do utente ainda não contactou a instituição para esclarecer dúvidas ou apresentar uma reclamação formal, a ULS Oeste aguarda que a causa da morte de Eduardo Dias seja “apontada com precisão no relatório da autópsia”, realizada pelo Instituto de Medicina Legal de Torres Vedras. Disponibiliza-se ainda para “fornecer aos familiares todas as informações sobre o quadro clínico do doente”.

Entrevistado pela Reportagem Balanço Geral, da Record TV, no Brasil, Fernando Dias disse que o irmão começou a sentir-se mal uma semana antes de falecer. “Tinha uma dor lombar, depois na região do abdómen, no peito, nas costas e na perna, e tinha muita febre”, garantiu. “Desconfiamos de negligência médica, por se ter sentido pior depois de tomar a medicação”, afirmou. “Eduardo tinha diabetes, mas tinha vida saudável e treinava”, acrescentou.

A preocupação da família é, agora, conseguir juntar 11660 euros para poder pagar o funeral e a trasladação do corpo para a sua terra natal. Residente em Portugal há dois anos, para onde veio “em busca de melhores condições de vida”, Eduardo Dias deixa viúva, um filho de cinco anos, ambos a morar em Portugal, e uma filha mais velha, que vive em Uberlândia. Os donativos podem ser feitos aqui.