Universidade do Minho acolhe nova Cátedra UNESCO em Geodiversidade e Geoconservação
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) atribuiu à Universidade do Minho a Cátedra em Geodiversidade e Geoconservação, pelo seu papel no estudo, investigação e promoção desta área emergente a nível mundial.
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A UMinho revelou, esta segunda-feira, em comunicado, que a Cátedra, liderada pelo professor catedrático José Brilha, da Escola de Ciências, vai “promover uma rede de investigação e cooperação global (Norte-Sul e Sul-Sul), capacitar gestores de áreas protegidas e sítios UNESCO e também formar pós-graduandos”.
Vai, ainda, "elaborar diretrizes e boas práticas neste âmbito e sensibilizar a sociedade para a vasta geodiversidade (minerais, rochas, fósseis, solos, formas de relevo), por vezes ignorada".
A Cátedra envolve 12 parceiros, incluindo dez universidades: São Paulo, Federal do Rio Grande do Norte (ambas do Brasil), Púnguè (Moçambique), Internacional de Ciência e Tecnologia do Botswana, Austral do Chile, Nacional da Colômbia, da República do Uruguai, Chouaïb Doukkali (Marrocos), Maroua (Camarões) e Tasmânia (Austrália). Juntam-se ainda a Associação Internacional para a Conservação do Património Geológico (ProGEO) e o Grupo de Especialistas em Património Geológico da Comissão Mundial de Áreas Protegidas da União Internacional para a Conservação da Natureza (WCPA-IUCN).
O Programa de Cátedras UNITWIN/UNESCO nasceu em 1992 e soma um milhar de Cátedras e 45 redes em 125 países. Em Portugal há 23 cátedras de 11 universidades e politécnicos. Esta é a primeira Cátedra sediada na UMinho.
Três décadas de trabalho
"A aprovação da candidatura reconhece o trabalho de 30 anos do Centro de Ciências da Terra da UMinho. Fomos pioneiros a nível internacional na oferta de formação pós-graduada em património geológico e geoconservação e em setembro assinalam-se os 20 anos da abertura do respetivo mestrado", afirma José Brilha, citado pela Universidade.
"Dezenas de alunos de mestrado e doutoramento, na maioria oriundos de outros países, têm-nos procurado para se especializarem nestas temáticas que vão ganhando espaço nas políticas de conservação da natureza”, acrescenta.
José Brilha conclui que “foi devido a este esforço e ao reconhecimento internacional da investigação aqui desenvolvida que se deu a aprovação desta Cátedra pela UNESCO, a única agência das Nações Unidas com uma abordagem dedicada às Ciências da Terra".