A Universidade do Minho está a desenvolver um programa de investigação multidisciplinar em ciência e tecnologia marinha, que conta com um investimento de 1,5 milhões de euros e decorre até ao final de 2027, com o objetivo de promover a produção científica e a inovação tecnológica no domínio marinho.
Corpo do artigo
Com foco no desenvolvimento sustentável do Litoral Norte, o projeto MarUMinho tem financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian e envolve quatro unidades orgânicas da academia minhota, em Braga, Guimarães e Taipas (Ave Park).
De acordo com o investigador responsável do MarUMinho, Eugénio Campos Ferreira, este programa de três anos, que já arrancou no início de 2025, tem entre os principais objetivos a conservação dos ecossistemas marinhos e costeiros e a exploração sustentável de recursos marinhos, assim como a mitigação dos impactos ambientais. “É um projeto de primordial importância para a Universidade do Minho e para a região, é um projeto agregador de competências várias, com um compromisso com a ciência e com a sustentabilidade”, disse Eugénio Campos Ferreira, ontem, durante a apresentação oficial do MarUMinho, em Braga.
O programa conta com o envolvimento de “mais de 60 investigadores” e quatro unidades orgânicas da Universidade do Minho: a Escola de Engenharia, a Escola de Ciências, a Escola de Economia, Gestão e Ciência Política e o Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos (I3BS). Segundo o investigador responsável, o MarUMinho pretende encontrar “soluções inovadoras” para os desafios ambientais, económicos e sociais da região, estando organizado em seis linhas temáticas estratégicas: Biotecnologia azul e biorrecursos marinhos sustentáveis, Observação e monitorização do litoral, Interfaces costeiras, Poluição por (micro)plásticos, Sustentabilidade e inovação estrutural, e (Bio)Economia azul.
Novo centro em Esposende
Eugénio Campos Ferreira destacou o “alinhamento” do projeto com a região e com o Litoral Norte, sublinhando que está “intimamente ligado” à criação de um Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha. Esse futuro centro ocupará a antiga estação radionaval da Apúlia, em Esposende, num investimento que deverá rondar os 12 milhões de euros e que é desenvolvido em cooperação com o município de Esposende.
De acordo com a Universidade do Minho, “este instituto reforçará a investigação aplicada e a transferência de conhecimento, consolidando a UMinho como um polo de excelência no estudo e gestão sustentável de sistemas marinhos e costeiros”. “O MarUMinho representa assim uma abordagem integrada e sustentável, aliando ciência, tecnologia e inovação ao serviço da valorização ambiental e económica do Litoral Norte”, garante a academia minhota.