Prometheus-1, que se assemelha a um cubo mágico, será usado por professores e alunos de Engenharia Aeroespacial e Eletrónica.
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Os olhos da equipa que esteve ligada ao desenvolvimento do Prometheus-1 - o terceiro satélite português - na Escola de Engenharia da Universidade do Minho vão estar colados, às 18 horas de amanhã, à transmissão do lançamento da SpaceX, a partir do porto espacial Vanderberg, na Califórnia, nos Estados Unidos da América. Até se estabelecer a primeira comunicação, os investigadores vão ficar na expectativa para saber se o projeto teve sucesso. A partir daí, o Prometheus-1, que cabe na palma da mão, vai apoiar o ensino da Engenharia Aeroespacial.
O satélite da Universidade do Minho, com as antenas recolhidas, parece um cubo mágico, embora lhe faltem as cores. É completamente negro, da cor dos painéis fotovoltaicos que captam energia solar para alimentar os equipamentos. “Esta primeira missão vai permitir levar o espaço para dentro da sala de aula para os estudantes de engenharias aeroespacial e eletrónica. Vão ter a oportunidade de simular missões: ‘Este é o meu satélite, quero que ele faça isto’”, salienta Alexandre Ferreira da Silva, investigador do Centro de Sistemas Microeletromecânicos da Universidade do Minho e impulsionador do projeto. O projeto Prometheus (“PocketQube Framework Designed for Research and Educational Access to Space”) resulta da colaboração entre aquela universidade, a equipa de Zachary Manchester da Universidade de Carnegie Mellon, nos EUA, que idealizou a plataforma inicial, os investigadores Rodrigo Ventura e Rui Rocha, do Instituto Superior Técnico, que contribuíram com o segmento terrestre e partilharam a experiência do ISTsat-1, e as empresas Orbital e Fossa Systems, que colaboraram na integração do satélite.