Acordo com a Câmara permitiu reservar terrenos em Valbom, no âmbito da revisão do Plano Diretor Municipal. Futura linha de metro do Souto pode incluir nova estação para servir polo.
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A Universidade do Porto reservou terrenos em Gondomar para uma futura expansão. As parcelas em causa situam-se em Valbom, perto da fronteira com o Porto, e destinam-se a responder às necessidades de uma instituição que já não tem por onde crescer nos polos da Asprela , do Campo Alegre e da Baixa, na Invicta. O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, vê com agrado a instalação de uma instituição de ensino superior público no concelho, sendo um motor para alavancar um território que também conhecerá um impulso com a construção da futura linha de metro do Souto.
O trabalho foi feito no âmbito da revisão do Plano Diretor Municipal de Gondomar e os terrenos ficam integrados numa zona de equipamentos públicos.
"O reitor contactou-nos há cerca de um ano no sentido de avaliar a possibilidade de criar uma zona de expansão da Universidade. Propusemos ficar em Valbom, mas perto de Campanhã, na fronteira entre Porto e Gondomar, junto à Cooperativa de Habitação dos Funcionários Judiciais", revelou ao JN o autarca.
Médio prazo
A proximidade das parcelas em causa com os transportes públicos, designadamente com o metro, tendo em conta a futura ligação ao Souto, incluída no próximo plano de expansão da rede, é vista como uma das grandes vantagens para a implantação de um polo da Universidade do Porto naquela zona de Valbom. Existe a hipótese, inclusive, de adicionar uma estação à linha prevista, para servir as futuras instalações universitárias, assinalou Marco Martins.
Fonte da Universidade do Porto explicou ao JN que ainda não está definido o que irá ser construído em Gondomar, até porque se trata de um plano para concretizar num horizonte temporal de 15 a 20 anos.
"Não há um projeto específico. É um planeamento estratégico a médio prazo para as próximas expansões da Universidade do Porto", sintetizou, ao JN, fonte da Reitoria, sublinhando a importância do acordo com o Município de Gondomar, com vista à reserva de terrenos que permitirão o crescimento da academia.
"Neste momento, no âmbito das discussões do Programa Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e de Resiliência, as universidades querem ter uma palavra a dizer no que diz respeito aos equipamentos e às instalações. Desde a crise económica, houve um apertar de cinto e as melhorias necessárias ficaram adiadas", acrescentou. "É necessário um plano e um financiamento adequado para melhorar equipamentos e instalações do Ensino Superior", sublinhou, ainda, destacando a "oportunidade" que surgiu de fazer esta parceria com Gondomar.