A aldeia de Genísio, em Miranda do Douro, foi a primeira a receber o arranque do projeto "Um lhugar mas asseado, ua benzinança mas sustentable", a designação em mirandês da iniciativa "Um lugar mais limpo, uma vizinhança mais sustentável".
Corpo do artigo
Os alunos da Universidade Sénior daquela cidade iniciaram o projeto esta semana com o objetivo de limpar as aldeias, removendo os resíduos sólidos e, ao mesmo mesmo, sensibilizar a população para os comportamentos a adotar para promover a sustentabilidade daquele território.
Os resíduos recolhidos serão usados para criar obras de arte, segundo a presidente da Câmara, Helena Barril, mas em simultâneo promove-se o convívio e combate-se o isolamento nas aldeias.
Trata-se de um projeto inserido na disciplina "Boas práticas de sustentabilidade no Planalto Mirandês", que levou os alunos da Universidade Sénior, na quarta-feira, à aldeia de Genísio, onde iniciaram os trabalhos de recolha de resíduos, “aproveitando, também, para conversar com os habitantes da aldeia e sensibilizá-los para a questão da importância da reciclagem e da correta gestão dos resíduos para reduzir o impacto ambiental das nossas ações”, informou um responsável da Universidade Sénior, que levará uma vez por mês os alunos a uma aldeia para proceder à remoção dos resíduos.
Este projeto consegue pôr em prática três objetivos: ajudar a manter as aldeias limpas, sensibilizando os habitantes dessas localidades para a importância da defesa do meio ambiente; passar a mensagem da necessidade de fazer separação e reciclagem dos resíduos e o convívio entre os habitantes que, desta forma, ajudam a lutar contra o isolamento das populações.
O projeto resulta de uma parceria entre a empresa Resíduos do Nordeste, que cedeu o material e fará o acompanhamento do projeto, o Museu Terra de Miranda, que tem a missão de orientar a elaboração de arte urbana com alguns dos resíduos recolhidos e a Associação da Língua e Cultura Mirandesa, que procedeu à tradução da memória descritiva do projeto para a Língua Mirandesa.