Alunos da U. Porto vão aos bairros da cidade e estimulam crianças e jovens a dar continuidade aos estudos.
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Família, segurança e amor. São estas as palavras usadas pelas crianças do Bairro Pinheiro Torres, no Porto, para demonstrar aquilo que o centro comunitário, criado pela Federação Académica do Porto (FAP), representa nas suas vidas. O projeto "FAP no Bairro", que junta estudantes da academia e crianças de bairros sociais, nasceu há 14 anos e já apoiou centenas de jovens.
Se, muitas vezes, nas ruas que separam os prédios, a criminalidade é regra e não exceção, dentro do centro comunitário tenta-se combater estereótipos e mudar trajetórias de vida. "Estamos a falar de territórios psicotrópicos e com muitos desafios. Por isso, temos de ter uma postura muito flexível, para nos podermos adaptar não só aos miúdos, mas às necessidades do momento", diz Catarina Carvalho, coordenadora do Centro Comunitário do Pinheiro Torres.
Têm entre os seis e os 16 anos. Enquanto uns fazem desenhos, que depois irão decorar as paredes do centro, outros metem as mãos na massa e fazem bolachas para o lanche. "A FAP é uma segunda família. Dá para confiar e para desabafar com as pessoas que aqui estão", diz a pequena Jaciara, de 12 anos.