Agustina Bessa-Luís é a personalidade amarantina homenageada na 6.ª edição do Universo do Vinho Verde Amarante, que arrancou esta sexta-feira e se prolonga até domingo, nos claustros do Convento de São Gonçalo.
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Sob o imaginário de Agustina Bessa-Luís, esta sexta-feira, os Claustros do Mosteiro de S. Gonçalo, voltaram a abrir as portas ao Universo do Vinho Verde Amarante (UVVA), a feira de promoção ao vinho verde, sobretudo àquele que é produzido na sub-região de Amarante.
Um vinho especial, sobretudo nos brancos, que apresenta aromas frutados e um título alcoométrico superior à média da Região Vitivinícola dos Vinhos Verdes.
Até este domingo há provas, conversas sobre o vinho verde (espumantes verdes, verdes tintos, e o trio maravilha: Alvarinho, Avesso e Loureiro), showcookings com o chef Vítor Matos, Rui Ribeiro (Restaurante Ciao Tílias) e Miguel Cardoso (Restaurante Pena), mostra da gastronomia regional com doces conventuais, leitão, petiscos, e animação musical.
Edição deste ano conta com 40 produtores
Este ano e pela segunda vez consecutiva, o Concurso de Vinhos volta a atribuir prémios: Prémio Excelência UVVA, Prémio Mérito UVVA, Melhor Vinho UVVA, Melhor vinho espumante, Melhor vinho branco, Melhor vinho rosé, Melhor vinho tinto e Melhor Amarante - Prémio António Lago Cerqueira.
O UVVA conta com a presença de cerca de 40 produtores, sendo que a maioria são de Amarante, mas também do Marco de Canaveses e de Lousada, entre outros. Este sábado, o UVVA pode ser visitado entre as 17 horas e meia-noite O certame prolonga-se em formato "lounge" (zona destinada ao convívio entre provas) de portas abertas até às duas da madrugada com animação. No domingo, o UVVA está aberto das 17 às 22 horas.
Na obra da escritora nascida em Vila Meã são várias as referências a Amarante e ao Vinho Verde como, por exemplo, n""O livro de Agustina" (2002): "Sou um produto da região, como o vinho verde, que não embriaga, mas alegra." Na novela "Mundo Fechado" (1948), fala da vindima: "O tempo ensombrara-se, começavam-se vindimas sob um chuvisco peganhento e contínuo; o ar estava cor de cinza, as eiras lavadas e nuas tinham um aspecto desolado entre as medas que gotejavam, os beirais onde os pombos demoravam, de asa derreada, imóveis sob a chuva." Assim como na obra infantojuvenil "A Memória de Giz": "Tinha também muita força e carregava um cesto vindimo cheio até às bordas de uvas pretas, como se fosse já um homem. Giz dizia que as uvas pretas pesam mais do que as uvas brancas."