Reitor reeleito avança com obras nas faculdades de Medicina e Economia e novos edifícios em Letras e Belas Artes. Anualmente, e até 2026, a Academia fará investimentos de 15 milhões de euros. Ou seja, um total de 60 milhões.
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Tomará posse para um segundo mandato no final de junho e o mais importante é "retomar o tempo perdido". António de Sousa Pereira foi ontem reeleito reitor da Universidade do Porto (UP), cargo que ocupará até 2026. Até lá, acredita ser possível alargar a oferta de alojamento com mais 800 novas camas e a Academia fará, nos próximos quatro anos, investimentos anuais de 15 milhões de euros (60 no total) para renovar instalações, bem como construir novos edifícios.
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"Vamos arrancar com obras na Faculdade de Medicina, de reabilitação da parte que está dentro do Hospital de S. João e com a requalificação de parte do edificado da Faculdade de Economia", avançou ao JN António de Sousa Pereira.
Está também prevista a construção de dois novos edifícios: "um edifício novo na Faculdade de Letras para alojar os centros de investigação e outro na Faculdade de Belas Artes para ampliar a capacidade". O velho edifício em frente ao Hospital de Santo António também vai ser recuperado. Os trabalhos são "a expensas próprias" e "já estão a avançar, embora em diferentes fases de concretização".
"Gostávamos de ser mais ambiciosos e ter um programa de reabilitação de infraestruturas muito mais alargado", admitiu. Os primeiros passos são para "recuperar o tempo perdido" e a oferta de mais 800 novas camas para estudantes universitários também avançará "até 2026 ou até antes".
"Entre a eleição do Conselho Geral e a do reitor passam-se quase nove meses. Enquanto não há eleição, quem está cá não se sente legitimado para tomar determinadas decisões e quem está a tentar aceder ao lugar vai fazendo o que pode para prejudicar o trabalho de quem cá está. Foram nove meses de alguma paragem que é urgente recuperar", clarificou.
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Polo na Petrogal
É grande o desejo de alargar as pontes da Academia e, por isso, não faltam projetos. Entre eles, está o pólo de investigação em Leça da Palmeira, nos terrenos da Petrogal, cujo aval está dependente do nível de poluição dos solos.
"Estamos preparados para avançar. Está previsto construir um conjunto de infraestruturas ligadas, sobretudo, à inovação, à área digital e das energias verdes. Temos ene departamentos envolvidos nessas coisas e acreditamos que, nessas vertentes, é possível arrastar para lá um conjunto de atividades", concluiu.