O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem vindo a perder, desde julho do ano passado, dezenas de milhares de euros, devido a uma falha informática que impede a cobrança de taxas moderadoras no Serviço de Urgência Básica (SUB) de São Pedro do Sul.
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A estimativa é que, da receita das taxas moderadoras, o Estado já tenha perdido entre 60 e 72 mil euros.
O problema começou a 24 de julho de 2023, com uma mudança no software do serviço que passou a não proceder à emissão de recibos de taxas moderadoras no âmbito dos cuidados de urgência. Desde então, quem se dirige àquela unidade de saúde, mesmo que não esteja isento do pagamento do imposto, é atendido e sai sem pagar.
À porta da unidade, os utentes confirmam que não têm pagado as idas à urgência. Foi o que aconteceu à esposa de Fernando Pinto. “Ela já cá veio duas vezes e não pagou, porque o sistema não funciona”, explica.
Neste serviço passam entre 100 e 120 utentes por dia e o valor da taxa moderadora situa-se nos 14,50 euros. Ainda que haja utentes isentos, como é o caso de grávidas, bombeiros, militares, dadores ou pessoas com incapacidade económica comprovada, a receita seria entre os 10 e os 12 mil euros por mês.