A urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, em Almada, vai estar encerrada durante todo o fim de semana, a partir das 20.30 horas desta sexta-feira e até as 8.30 horas de segunda-feira.
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Isto "apesar de estar em curso uma solução para garantir a continuidade da prestação de cuidados", de acordo com o hospital.
Para minimizar os constrangimentos, o hospital, em articulação com o Agrupamento de Centros de Saúde Almada-Seixal, vai reforçar o atendimento nos Centros de Saúde de Almada e Seixal, com médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar do próprio agrupamento. "Assim, haverá reforço do Atendimento Complementar nos Centros de Saúde Rainha D. Leonor (Almada) e Amora (Seixal), que estarão abertos entre as 10 horas e as 17 horas de sábado e domingo, para atender todos os utentes que necessitem de observação no âmbito pediátrico, em situações agudas mas não emergentes", acrescenta o hospital.
O Hospital Garcia de Orta refere que continua a trabalhar em estreita articulação com a Administração Central do Sistema de Saúde, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o Ministério da Saúde e com outros hospitais de Lisboa para encontrar soluções adequadas e concretizáveis no mais curto espaço de tempo possível, de modo a ultrapassar as dificuldades.
O Hospital Garcia de Orta recorda que os utentes que necessitem de recorrer a uma Urgência Pediátrica, durante o referido período, devem dirigir-se à Urgência Pediátrica do Hospital de Santa Maria ou à do Hospital D. Estefânia, em Lisboa. Em caso de emergência deverá sempre ser acionado o 112.
Esta é a terceira vez que a urgência pediátrica do Garcia de Orta encerra, tendo acontecido pela primeira vez no último sábado à noite e, logo de seguida, na segunda-feira.
Em causa está a "insuficiência de médicos pediatras para cumprir a escala noturna", segundo o conselho de administração.
A falta destes profissionais naquele hospital já dura há mais de um ano, quando saíram 13 médicos pediatras e, segundo o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, nem o lançamento de concursos foi suficiente para colmatar a carência porque "ninguém concorreu".
Neste momento, trabalham 28 médicos no serviço de pediatria, dos quais sete fazem urgência e apenas quatro podem fazer noites porque têm menos do que 55 anos.