Urgência provisória satisfaz utentes

Acabou também engolido pelas máquinas trituradoras de pedra o "ncia" que restava do letreiro a anunciar a velha Urgência do Hospital de Santo Tirso, enquanto continuava o derrube de grandes blocos de granito para abrir espaço às retroescavadoras.

Ao cruzar os portões daquela unidade do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), o ruído anuncia o que depois se confirma: há obras profundas de remodelação e ampliação.

"Está melhor, aparentemente. Tem outras condições que a antiga Urgência não tinha. As instalações estão muito mais limpas; é totalmente diferente. Devia ser um espaço maior, mas não pode ser tudo. Para provisório, acho que está muito bem", avalia Olinda Carneiro, que acompanhava a aflição de um tio com fibrose pulmonar.

"Tem uma apresentação que não se via na outra Urgência. O primeiro impacto que se tem é de uma Urgência melhor", concorda Joaquim Jorge. "Mesmo sendo provisória, causa melhor imagem", reforça o utente, referindo-se ao edifício amarelo e branco para onde, depois de terminada a intervenção no atendimento urgente, será transferida, provisoriamente, a Consulta Externa.

A empreitada, que teve início a 19 de Fevereiro, deverá estar concluída em Junho próximo, disse, ao JN, o presidente do Conselho de Administração do CHMA, José Dias. "É uma obra muito complexa e difícil de efectuar, porque vamos rebaixar em 80 centímetros o piso de um edifício muito antigo", explicou o médico, adiantando que a Urgência será alargada à área do antigo Hospital de Dia, entretanto transferido para o local definitivo, por baixo da cirurgia de ambulatório.

O serviço beneficiará de um aumento de espaço de 30%, estima José Dias, revelando um investimento de um milhão de euros. Entretanto, e até Junho, "o possível é ter as condições mínimas" na Urgência, o que "tem resolvido os problemas dos utentes", sossega o responsável.