Construção e renovação de residências, que terão de estar prontas até março de 2026, vão custar mais de 19 milhões de euros.
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A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, vai duplicar a capacidade de alojamento de estudantes. Atualmente, dispõe de 530 camas distribuídas por cinco residências localizadas no Complexo Residencial de Além-Rio e em Codessais. Até março de 2026 pretende ultrapassar o milhar. É um investimento superior a 19 milhões de euros.
O aumento do número de camas é há muito reivindicado pelas sucessivas lideranças da Associação Académica da UTAD. Cerca de 80% dos estudantes estão deslocados e a disponibilidade de casas e quartos para arrendar na cidade é escassa. Esta prioridade também tem sido assumida pelo reitor, Emídio Gomes, a cumprir o quarto ano do mandato.
O objetivo inicial era triplicar o número de camas disponíveis. A primeira estimativa apontava para um investimento na ordem dos 30 milhões de euros, mas o reitor sempre admitiu que seria um valor difícil de atingir. Fica-se pelos 19 milhões no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, financiado parcialmente pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
O concurso público para as empreitadas de construção, renovação e adaptação das residências universitárias foi anunciado ontem pela UTAD, depois de ter sido publicado a 6 de julho em Diário da República. O prazo de execução das obras prevê que estejam concluídas até março de 2026.
Para Emídio Gomes, mais de 19 milhões de euros "é um investimento significativo", que, na sua opinião, "reflete o compromisso em melhorar as condições de alojamento para os estudantes". O objetivo é proporcionar-lhes "infraestruturas modernas e adequadas às suas necessidades".
O projeto é dividido em três lotes. Um deles prevê a construção de uma nova residência na Quinta de Prados, onde a universidade tem as suas escolas, centros de investigação e outros serviços associados. O valor base para esta empreitada é de mais de seis milhões de euros.
A adaptação para uma nova residência do antigo edifício do CIFOP, no centro da cidade, vai custar cerca de 8,25 milhões de euros, enquanto a renovação e adaptação da residência de Codessais tem um preço base superior a cinco milhões de euros.