Os utentes regulares da carreira rodoviária "expresso" entre Viana do Castelo e o Porto apelaram hoje ao presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), para que seja criado um "passe único" intermodal, que permita viajar em todos os operadores que circulam dentro da referida área geográfica a um preço mais económico.
Corpo do artigo
Numa carta aberta dirigida à AMP, Comunidades Intermunicipais do Alto Minho e Cávado, e Autoridade de Mobilidade e Transportes, um grupo de utentes reclama "igualdade de acesso" ao transporte público. Em causa está o custo mensal da deslocação entre Viana e o Porto, que em 2024 rondará "cerca de 200 euros". Segundo as contas dos utentes, passou "de 88 euros para 171,60", e acresce mais "30 ou 40 euros", do valor do passe andante para circular na zona do Porto.
"Em 2024, não é possível voltar à mesma fórmula de empurrar responsabilidades para os outros, porque estão a passar cinco anos e o que se verifica em termos de mobilidade é o total abandono das populações e o isolamento do Alto Minho em relação às regiões vizinhas e em particular à Área Metropolitana do Porto", argumenta o grupo de utentes na referida carta aberta, apelando ao presidente da AMP a que "ajude a encontrar uma solução excecional que o corte do apoio da Câmara de Viana provocou e que vai fazer com que os utentes, no mês de janeiro, paguem mais de 200 euros para se deslocarem entre Viana e o Porto e vice-versa".
Apelam ainda a que se promova "o mais rapidamente possível" uma reunião entre a AMP, a CIM Alto Minho e a CIM Cávado, para "colocar em prática o "Passe Único" para o transporte público entre o Alto Minho e a AMP". E ainda que "se disponibilize para reunir com os representantes dos utentes".
No início de janeiro, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, anunciou que as três entidades de gestão de transporte rodoviário abrangidas pelo trajeto Viana-Porto, deverão em conjunto estudar a possibilidade de criação de "um passe único" que permita viajar em todos os operadores que circulam dentro da referida área geográfica.
Segundo declarou o autarca, a iniciativa de avaliar essa solução partiu da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, na sequência das queixas dos utilizadores regulares daquela ligação rodoviária em relação ao aumento em 2024 do preço da deslocação. E a ideia é que as CIM do Alto Minho e do Cávado, e Área Metropolitana do Porto, que gerem cada uma o seu sistema de transporte, encontrem agora uma solução que minimize os custos para os passageiros e esbata as dificuldades de mobilidade entre as regiões. O que pode passar pela criação de "um passe único" intermodal.