<p>A criminalidade no Vale da Amoreira, Moita, só vai diminuir com a instalação de um posto da PSP. A ideia é defendida pelo presidente da Junta de Freguesia, que aponta o desemprego como causa principal para o clima de insegurança que ali se vive.</p>
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Em entrevista à agência Lusa, Jorge Manuel da Silva defendeu que, relativamente à criminalidade no bairro, a resposta deve ser integrada, dado que resulta de “necessidades básicas das pessoas”. “Verificamos cada vez com mais frequência assaltos a instituições, não porque existe lá dinheiro, mas porque é ali que se guarda comida”, acrescentou.
O autarca considera, por outro lado, que o maior problema do bairro é o desemprego. “A maioria das pessoas tem escolaridade baixa e está a sofrer com o encerramento de várias fábricas no distrito de Setúbal. O resto vem por acréscimo”, justifica.
Jorge Manuel da Silva estima que 60 % dos 15 mil habitantes do Vale de Amoreira beneficiem de algum tipo de apoio social, adiantando que “muitos dos seis a sete mil moradores que vivem em habitação social estão em vias de perder as suas casas porque não conseguem pagá-las”. Outro indicador do agravamento da situação do nível da pobreza “é o aumento entre 20 e 30 % nos pedidos de apoio social escolar”. Para tentar atenuar os impactos deste cenário, vai ser organizado um fórum de apoio social.
Quanto ao policiamento, o autarca afirma que “dois agentes da PSP é muito pouco para um bairro com o historial e as características do Vale da Amoreira”. “Fazia sentido ter mais dois ou três polícias a circular pela freguesia”, defende.O Vale da Amoreira é uma das freguesias abrangidas pela iniciativa Operações de Qualificação e Reinserção Urbana de Bairros Críticos, criada pelo Governo em 2005.