O grupo Valérius arrancou, na quinta-feira, oficialmente com a produção de calças e camisas em Mangualde, através da subsidiária VG Faster. A empresa têxtil, sediada em Barcelos, está desde março também no distrito de Viseu, onde começou a dar formação, em contexto de trabalho, a cerca de 60 pessoas.
Corpo do artigo
A maioria desses formandos trabalhava para a Camisas Sagres, empresa que fechou em dezembro de 2021, atirando para o desemprego 67 operários. A Sagres encerrou portas, mas as instalações da fábrica não ficaram ao abandono. É lá que está a decorrer a formação dos novos funcionários da Valérius e a produção de vestuário para a empresa têxtil.
Das 60 pessoas que fizeram a formação apenas 50 manifestaram vontade em ficar a trabalhar para a empresa de confeções. A companhia contratou, entretanto, mais pessoas já com experiência na área.
Em Mangualde, a Valérius iniciou a produção com 66 operários. Em paralelo decorre a formação, em contexto de trabalho, de mais 30 pessoas. A fábrica acredita que estes formandos irão assinar contrato lá para setembro/outubro. Os planos do grupo não se ficam por estes cem postos de trabalho. Quer avançar com uma nova formação, em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, que possibilitará no final do ano a contratação de mais 20 trabalhadores.
"O cronograma definido para Mangualde está a ser cumprido e ao nível da contratação está a exceder o que estava previsto. Há uma previsão de chegar às 120 pessoas até ao final do ano se houver mão de obra disponível", avançou ao JN fonte do grupo têxtil.
Novas instalações
O grupo aproveitou a linha de fabrico de camisas da Sagres e criou uma nova destinada às calças. A fábrica, localizada no centro de Mangualde, começa a ser pequena para os planos da companhia que já pensa num eventual crescimento. Nesse sentido, está a estudar opções de novos espaços no concelho para albergar a empresa de confeções.
O foco da Valérius em Mangualde é a roupa. De lado, pelo menos por agora, parece estar a ideia da criação no concelho de uma unidade de calçado.
Dielmar
O grupo está agora também em Alcains, no concelho de Castelo Branco. Em janeiro, a têxtil de Barcelos comprou a antiga Dielmar em leilão por 275 mil euros, com o voto unânime dos cerca de 350 credores. A empresa foi a única a apresentar proposta, tendo-se comprometido a criar 210 posto de trabalho. O JN sabe que já está em marcha um plano que envolve mais de cem pessoas.