Mostra económica e de diversões em Aveiro termina terça-feira. Feirantes admitem que correu bem, mas não como na "loucura" pós pandemia de 2022
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S.Pedro ajudou, para variar os dias de sol foram mais do que os de chuva, e, por isso, este ano, a Feira de Março - que termina esta terça feira em Aveiro - foi vantajosa para os comerciantes que ali assentaram arraiais durante um mês. No entanto, garantem os vendedores, não superou a edição do ano passado, quando o Parque de Feiras e Exposições recebeu uma enchente de visitantes, depois de dois anos em que o certame não se tinha realizado, por causa da pandemia.
"Não podemos negar que foi uma boa feira. O tempo ajudou bastante, o que até foi de admirar. Mas no ano passado foi melhor. Foi uma loucura para toda a gente", confessou este domingo ao JN João Silva, na sua banca "Loucura dos Prémios", em que girar uma roleta permite ao cliente "ganhar sempre um boneco e, se não gostar, pode trocar".
Dia mais concorrido com 20 mil
Pela primeira vez, este ano, a Feira de Março tem um sistema de contagem de entradas, que permitirá aferir ao certo quantos visitantes recebeu - até agora, era feita por estimativa. Hoje, Ribau Esteves, presidente da Câmara, ainda não tinha consigo os números, mas conseguia já garantir que esta edição "foi uma excelente feira". "No dia do concerto da Luísa Sonza (sexta-feira, 14), tivemos que fechar a bilheteira quando chegámos às 20 mil pessoas. E houve mais dois ou três dias em que ultrapassámos as 15 mil entradas", assegurou o edil.
A enchente não se terá traduzido, no entanto, num aumento do volume de vendas para os feirantes. E a situação económica do país pode ser uma das justificações para esse facto. "Não mexemos no preço dos bilhetes, em relação ao do ano passado [três euros por volta], mas ouvimos as pessoas queixarem-se mais. No ano passado foi melhor", adiantou este domingo José Tagaio, proprietário de um carrossel infantil.
"Este ano, por causa dos aumentos, não foi tão bom. Mas tem-se vendido alguma coisa. Foi um ano equilibrado", deixou claro, por seu turno, Nelson Ferreira, vendedor de artigos em verga, candeeiros e chapéus, que tem banca na Feira de Março há 29 anos.