Os dois helicópteros que combatiam o incêndio florestal em Olho Marinho, entre os concelhos da Lourinhã, Óbidos e Peniche, foram desmobilizados ao fim da tarde e os bombeiros preveem uma noite de combate às chamas difícil, devido à falta de acessos e ao vento.
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Após uma reunião da proteção civis das câmaras dos três concelhos, para avaliar o estado do incêndio e os meios necessários, Carlos Guerra, segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, disse à agência Lusa que os dois meios aéreos foram desmobilizados, porque não podem atuar de noite.
Às 22 horas, o combate às chamas estava a ser assegurado por 273 bombeiros e 72 veículos e prevê-se uma noite difícil, não só por causa do vento, mas também porque "é um terreno que não permite a mobilidade, o que traduz o principal fator de preocupação".
A proximidade do fogo às aldeias de Moledo e Pêna Seca, no concelho da Lourinhã, é outra das preocupações, tendo em conta o vento Sul.
Contudo, o mesmo responsável afirmou que, apesar das duas frentes ativas, "não há casas em risco".
O incêndio, que consome mato e eucalipto no chamado Planalto da Cezareda, teve início na localidade de Olho Marinho, concelho de Óbidos, mas tem estado a evoluir para Sul, devido ao vento, atingindo já território da Lourinhã.
Após o ponto da situação efetuado pelos elementos da Proteção Civil, houve uma redistribuição de meios, com bombeiros reposicionados nos locais onde o fogo ainda lavra sem controlo.
Carlos Guerra adiantou que está no local, de reserva e pronto a atuar, um grupo de reforço do CDOS de Leiria, composto por 26 bombeiros, quatro autotanques de combate e dois veículos de comando.