Vereador da Câmara do Porto quer retomar projeto da Avenida da Ponte com Siza Vieira
Pedro Baganha, vereador da Câmara do Porto, admitiu que gostava que o arquiteto Álvaro Siza Vieira reavaliasse o projeto da Avenida da Ponte, com especial foco num aumento de habitação.
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O vereador Pedro Baganha, que acumula os pelouros da Habitação, Urbanismo e Espaço Público, revelou que pretende reavaliar o projeto da Avenida da Ponte, na Baixa do Porto, com Siza Vieira na mira. "Faço aqui um compromisso político de que tentarei arranjar forma de fazer o convite ao Álvaro Siza [para atualizar o projeto da Avenida da Ponte]. Este é o caminho. Não vale a pena estarmos aqui à procura de uma solução, quando ela já está encontrada", afirmou, na segunda-feira, num debate promovido pela Fundação de Serralves.
O arquiteto de 91 anos já desenhou dois planos para aquela zona, em 1968 e em 2000, mas nenhum foi concretizado. De acordo com o Porto Canal, o vereador portuense admite que se "perdeu o foco" no caso da avenida, "porque a autarquia tinha outros problemas", mas que agora pretende "repopular o centro da cidade".
Em vez da "ausência de investimento" registada anteriormente, o marco da Baixa do Porto apresenta agora "um desequilíbrio de funções", realça Pedro Baganha. "E isto é uma oportunidade de termos construção nova no Bairro da Sé", referiu à mesma publicação.
O território está a precisar de "mais habitação" e uma das soluções apresentadas pelo vereador é a aprovação de um loteamento municipal, para que sejam estabelecidas regras urbanísticas.
Embora o mandato de Pedro Baganha esteja a terminar, o vereador deixa a promessa de conseguir o loteamento e de convidar a Siza Vieira para retomar o projeto.
Moreira critiou paragens de Siza Vieira
O presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, criticou, na semana passada, as paragens desenhadas por Siza Vieira para o metrobus na Marechal Gomes da Costa: "olho para aqueles matacões. Aqueles que me incomodam mais até têm uma assinatura de autor e estão na Marechal Gomes da Costa. A meu ver, deviam ser costas com costas e coisas levezinhas, envidraçadas e não precisavam de ser coisas que parecem ter sido feitas pelo Obélix".
Apesar das críticas, Moreira saudou algumas opções do projeto, como a largura dos passeios e a remoção do Monumento ao Empresário para criar "um bosque com árvores".